EXERCENDO UM MINISTÉRIO ITINERANTE NA PREGAÇÃO DA PALAVRA DO SENHOR.
segunda-feira, 11 de junho de 2012
Ecumenismo religioso: uma armadilha de Satanas.
Houve um tempo em que o ecumenismo religioso era
considerado um grande perigo para as igrejas cristãs. Pastores verberavam
contra ele. E qualquer comunhão ecumênica entre evangélicos, católicos romanos
e espíritas era inimaginável. Mas os tempos mudaram. Hoje, o relacionamento
entre padres galãs e celebridades gospel é tão bom que estas até fornecem suas
composições àqueles. Certa cantora gospel, inclusive, fez uma canção dedicada a
Maria. Juntos, romanistas e evangélicos participam de shows ecumênicos e
programas de auditório. “O que nos une é muito maior do que o que nos divide”,
argumentam.
O ecumenismo — gr. oikoumenikós, “aberto para o mundo
inteiro” — prega a tolerância à diversidade religiosa e a oposição a quem
defende uma verdade exclusiva. Trata-se de uma armadilha de Satanás, com o
objetivo de calar os pregadores da Palavra de Deus. Ele se baseia no princípio
“democrático” de que cada pessoa possui a sua verdade. Mas o Senhor asseverou
que não existe unidade motivada pelo amor divorciada da verdade da Palavra: “Se me
amardes, guardareis os meus mandamentos. [...] Se alguém me ama, guardará a
minha palavra” (Jo 14.15-24). Causa estranheza o fato de uma parte do
evangelicalismo moderno considerar o ecumenismo religioso biblicamente
aceitável. Já ouço pastores dizendo: “A doutrina bíblica divide. É o amor que
nos une. A igreja deve ser inclusiva”. A despeito de o Senhor Jesus ter
afirmado: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida” (Jo 14.6),
está crescendo no meio evangélico a simpatia pelo movimento ecumênico. Nos
Estados Unidos, pastores renomados deixaram de falar de Jesus com clareza.
Pregam sobre Deus de maneira generalizante, a fim de não ofenderem romanistas,
muçulmanos, budistas etc. E, no Brasil, alguns acontecimentos têm preocupado
aqueles que ainda preservam a sã doutrina. Recentemente, um conhecido pastor realizou — dentro
de um templo evangélico! — um culto ecumênico juntamente com a liderança da
Igreja da Unificação, do “reverendo” coreano Sun Myung Moon. “Qual é o problema
de um pastor de renome ter amizade com o líder de uma seita? Afinal, todos
devem se unir pela paz mundial”, alguém poderá dizer. Não devemos, de fato,
odiar o “reverendo” Moon. Mas, como ter comunhão com alguém que, de modo
blasfemo, desdenha do sangue derramado pelo Cordeiro de Deus, considerando-o
insuficiente para nos purificar de todo o pecado? Moon também se considera um
novo Messias que precisou vir ao mundo para concluir a obra que o Senhor não
conseguiu realizar. Que blasfêmia! A Palavra de Deus não aprova esse tipo de
aliança (2Co 6.14-18). Outro exemplo de ecumenismo religioso é o
envolvimento de pastores com o unicismo, uma seita que diz ter a “voz da
verdade” e vem tendo livre acesso, através de suas celebridades, às igrejas
evangélicas. O pentecostalismo da unicidade é herético, visto que se opõe à
doutrina da Trindade, a base das principais doutrinas cristãs. Quem se opõe à
tripessoalidade divina (confundindo-a com o triteísmo) nega não apenas a
teologia, mas também a própria Bíblia (Gn 1.26 e Jo 14.23), o cristianismo (Mt
28.19 e 2Co 13.13), a deidade do Espírito Santo (Jo 14.16-17 e 16.7-10), a clara
distinção entre o Pai e o Filho (Jo 5.19-47 e 14.1-16) e o plano da redenção da
humanidade (Jo 3.16 e 17.4-5). Atentemos para a verdadeira voz da verdade, a do
Bom Pastor: “As minhas ovelhas ouvem a minha voz” (Jo 10.17). Pastores e cantores, por falta de vigilância ou
movidos por interesses pessoais, estão se prendendo a jugos desiguais com os
infiéis, deixando-se enganar pelo ecumenismo religioso. A maior emissora de
televisão do Brasil — que sempre estereotipou e ridicularizou os evangélicos —
descobriu que nem todos os cristãos são “extremistas” e “fanáticos”. Há um
grupo de celebridades gospel que não tem coragem de dizer clara e objetivamente
que o Senhor Jesus é o único Mediador entre Deus e os homens (1Tm 2.5 e At
4.12). Em um programa dominical, certa “pastora” resolveu
tripudiar sobre os seus “inimigos”, rodopiando com baianas e cantando com
sambistas no ritmo das religiões afro-brasileiras. Enquanto ela dançava, a
apresentadora, seus convidados e a platéia riam sem parar, numa grande
celebração. Que tipo de evangelho “agradável” e “inclusivo” é esse? Lembrei-me
imediatamente do que o Senhor Jesus disse, em Mateus 5.11-12: “Bem-aventurados
sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem, e mentindo, disserem todo o mal
contra vós por minha causa. Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso
galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas por minha causa”. Há poucos dias, uma conhecida cantora gospel admitiu,
de modo tácito, que o sincretismo religioso é aceitável. Ao concordar com a
seguinte frase, dita por um famoso apresentador: “O Caldeirão é uma mistura de
religiões”, ela respondeu: “Tem espaço pra todo mundo”. E o pior: depois,
escreveu nas redes sociais que se sentiu como Paulo no Areópago... Ora, esse
apóstolo não pregou a convivência ecumênica nem apresentou uma mensagem que os
atenienses queriam ouvir. Ele disse o que todos precisavam ouvir. Ao chegar a
Atenas, “o seu espírito se comovia em si mesmo, vendo a cidade tão entregue à
idolatria” (At 17.16). Já a aludida celebridade, deslumbrada, estava sorridente
e saltitante. Tenho visto muitos incautos felizes pelo fato de
celebridades gospel estarem aparecendo na televisão. Mas não nos iludamos, pois
a porta não foi aberta para o Evangelho. O que existe, na verdade, é um projeto
ecumênico em andamento, o qual visa a enfraquecer a pregação de que o Senhor
Jesus é o único Salvador. Tais celebridades — certamente, orientadas a não
falar claramente da salvação em Cristo — têm empregado bordões
antropocêntricos, que massageiam o ego das pessoas. Elas não têm a coragem de
confrontar o pecado. E apresentam um evangelho light, agradável, apaziguador,
simpático, suave, aberto ao ecumenismo. O que está escrito em 1Coríntios 16.9? “Porque uma
porta grande e eficaz se me abriu, e há muitos adversários”. Quando Deus
verdadeiramente abre-nos a porta da pregação do Evangelho, como a abriu para o
apóstolo Paulo, os adversários — Satanás, os demônios e todos os seus emissários — se voltam contra
nós. Mas a mídia está aplaudindo de pé esse “outro evangelho” aberto à
convivência ecumênica. Preguemos, pois, como Paulo, nesse mundo, que é um
grande caldeirão religioso: “Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância,
anuncia agora a todos os homens, em todo lugar, que se arrependam” (At 17.30).
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